domingo, 23 de janeiro de 2011

Baby Beef BH: Combinação compulsória de rodízio de carnes e sauna


Na última sexta-feira, 21 jan., a companhia de pessoas queridas levou-me ao restaurante Baby Beef BH, na região norte de Belo Horizonte, para o jantar.

O Baby Beef BH é um estabelecimento já tradicional na Capital mineira, que serve buffet variado e churrasco de carnes nobres no sistema de rodízio. Embora tenha cá minhas ressalvas a esse tipo de serviço, posso dizer que comi quase tão bem ali quanto fazia nos anos '90, quando freqüentava mais amiúde o lugar, então considerado um dos melhores grill restaurants da cidade. 

Hoje, porém, os sinais gerais de decadência da casa são de todo evidentes e comprometem significativamente o prazer que o cardápio possa proporcionar à mesa. 

Desde logo, à entrada, nota-se o ambiente um tanto envelhecido, carente de necessária reforma para substituição de móveis, materiais e revestimentos, todos algo gastos e ultrapassados.

Mas é aos primeiros minutos à mesa que se revela o maior desconforto ambiental: o sistema de refrigeração por ar condicionado simplesmente não funciona, ou não funciona com mínima eficiência. Antes, a temperatura interna do salão chega a ser maior que a externa, mercê do adensamento de pessoas e do calor dissipado por churraqueiras, rechauds e os variados pratos quentes servidos. Isso se revela especialmente incômodo em uma noite de pleno verão tropical a 30ºC, em meio a montanhas de média altitude, a centenas de quilômetros do sopro da brisa litorânea.

Não bastante isso, tem-se desagradáveis surpresas como ir ao toilette e não encontrar sequer as indefectíveis toalhas de mão descartáveis, e a inefável sensação da política de descaso com o cliente ao perceber que o gerente, cuja presença se reclamou à mesa, jamais comparecerá para cumprir o elementar dever de ouvir as justas e apropriadas queixas.

À vista disso pode-se dizer, em suma, que jantar no Baby Beef BH corresponde a uma singular experiência: Pedir um rodízio de suculentas carnes e levar, compulsoriamente atrelada, uma longa e intensa sessão de sauna, sem direito sequer a toalhas de papel para enxugar o suor vertido em bicas. E sem direito a reclamar, também.





Post scriptum


Não faz muito tempo, tornei ao
Baby Beef BH para atender a um compromisso social de natureza, digamos, compulsória.

Nesse dia, o ar condicionado aparentemente funcionava. Encontrei, também, tolhas de papel no rest room. O buffet e as carnes, que afinal são o que mais interessa, seguiram minimamente a contento.

Mas continua faltando em todo o staff do Baby Beef a singular cordialidade no atendimento,
a preocupação de cativar o cliente e a atenção aos pequenos detalhes que, para mim, fazem toda a diferença ao escolher esse ou aquele estabelecimento.

Meu juízo negativo sobre a casa permanece, portanto, inalterado.





Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comentários dos leitores são altamente bem-vindos, desde que versem sobre temas contidos na publicação e obedeçam a regras de civilidade e bom tom — vale dizer, não contenham grosserias, ofensas ou calão. Referências com 'links' para ambientes externos são livres, mas não se admitem atalhos para arquivos, paginas ou sítios eletrônicos que possam causar qualquer tipo de dano a equipamentos e sistemas eletrônicos. Em razão disso, os comentários são moderados e podem demorar um certo tempo a aparecer publicamente no Blog do Braga da Rocha.