domingo, 7 de agosto de 2011

Entre os canalhas da Receita Federal e a desobediência civil

Matéria jornalística levada ao ar na última sexta-feira,  5 ago., pela Rede Bandeirantes de televisão, e reproduzida no respectivo sítio eletrônico, noticia o seguinte:

"Dois mil passageiros esperaram por mais de quatro horas para passar pela Alfândega do Aeroporto Internacional do Galeão nesta sexta-feira. Só tinha um funcionário para fiscalizar as malas. As autoridades do aeroporto não quiseram se manifestar sobre o assunto. A Receita Federal apenas disse que se tratava de um problema provocado pela chegada simultânea de 7 voos, entre 8 e 9 horas."

A Receita Federal, uma vez mais, segue a desrespeitar os cidadãos meros 'contribuintes', em sua usualmente estreita e tacanha perspectiva , obrigando-os a esperar por até quatro horas pela fiscalização de bagagens, após longa e exaustiva jornada aérea desde o continente europeu.

Pouco importa se se trata de ação de natureza 'política', em protesto por alguma benesse corporativa, ou de incompetência técnica, uma vez que planejamento e organização também devem fazer parte das atividades arrecadatórias da Receita.

Como quer seja, é o que oferecem aos ques lhe pagam os salários uns incompetentes e canalhas integrantes de uma das mais bem remuneradas carreiras da Administração Pública, como é aquela da Receita Federal.

Quando, afinal, o sentimento republicano e a idéia de uma civitas maxima se espraiarão pela generalidade dos quadrantes nomeadamente aqueles mais bem aquinhoados, como a Receita Federal, em atrativos salariais e recursos materiais da Administração Pública brasileira?

Diante de uma situação tal, que já enfrentei em proporções menores, não veria outra saída senão seguir o caminho da desobediência civil, ignorando solenemente os precários e ineptos controles alfandegários. Mas nesse ponto é o cidadão brasileiro e a cultura nacional que, infelizmente, não se põem à altura de um posicionamento da necessária gravidade e de tamanha envergadura.


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