quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Protecionismo à indústria automobilística multinacional, a expensas do consumidor brasileiro

A imprensa mostrava, nas últimas semanas, pátios de fábricas como as da Ford e da General Motors abarrotados do lixo que aqui produzem, encalhado por falta de mercado.

Os compradores, afinal, começavam a dar preferência a automóveis importados que desembarcam no Brasil melhores e mais baratos que os similares nacionais. Só este ano, quase 1 milhão de veículos haviam sido importados até o mês de setembro, mesmo com a pesada carga tributária já incidente sobre a importação.

Não tardou a ação do poder público contra esses cidadãos, que teimam em procurar fazer negócios mais vantajosos para si, ainda que em detrimento da indústria local. 
 
Sob o pretexto de buscar maior equilíbrio na balança comercial, elevou-se em até 30 (trinta) pontos percentuais o Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI incidente na importação de veículos oriundos de países de fora da zona do Mercosul e México, como dá conta matéria publicada no sítio Carros, do portal UOL, acessível pelo atalho infra 



Assim fazendo, o governo age pronta e eficazmente em defesa da indústria sediada no País
que seguirá a produzir o restolho tecnológico de sempre para o pobre consumidor brasileiro, indefeso e sem alternativa de compra e fere de morte, com mais esse arroubo protecionista, a livre concorrência no mercado interno.
 
Com a medida, ganha unicamente a indústria automobilística multinacional instalada no País, como de costume. Aliás, não é por outra razão que o governo assim costuma se comportar, cedendo a pressões e lobbies sabe-se lá a troco de que obscuras contrapartidas desse setor desde há muito cevado em benesses e privilégios concedidos pelo Estado.
 

Perdem aqueles que têm investido nos mais diversos negócios relacionados ao setor automobilístico no Brasil, confiando na progressiva abertura do mercado nacional que o governo vinha patrocinando ao longo dos últimos anos. 

E perde, como sói acontecer, o sempre desprezado e escorchado consumidor.




4 comentários:

  1. Leiam também: http://autoentusiastas.blogspot.com/2011/09/rasteira-bem-dada.html#more

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  2. A revolta é tamanha que me faltam palavras. Mas a verdade é que nada mais me asusta nesse paiseco, em que os bandidos que tramaram o aumento do IPI são apenas uma parte da corja que inocentou a deputada e gatuna Jaqueline Roriz. Como bem comentou o colunista Bob Sharp, do Bog AUTOentusiastas, Charles de Gaulle acertou ao proferir a frase em entrevista à imprensa: "Le Brésil n'est pas un pays serieux".

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  3. A revolta é tamanha que me faltam palavras. Mas a verdade é que nada mais me assusta nesse paiseco, em que os bandidos que tramaram o aumento do IPI são apenas uma parte da corja que inocentou a deputada e gatuna Jaqueline Roriz. Como bem comentou o colunista Bob Sharp, do Bog AUTOentusiastas, Charles de Gaulle acertou ao proferir a frase em entrevista à imprensa: "Le Brésil n'est pas un pays serieux".

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  4. O assunto foi muito bem abordado também nessa matéria do blog AutoEntusiastas: http://autoentusiastas.blogspot.com/2011/09/mudanca-de-regras-com-o-jogo-em.html

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